OPS! DE REPENTE, UMA CHEFIA: experiências de uma terapeuta ocupacional na gestão no SUAS

 


Descrição Imagem: Em um fundo verde escuro, centralizado na parte superior da imagem, Quatro homens, trajando casacos e bonés,  debruçados sobre um mapa que está sobre uma mesa. Estão dentro de uma sala com quatro janelas de vidro ao fundo. Ao lado, Mapa com ruas e serviços de um território, marcado com pequenos círculos coloridos, uma mão aponta para um ponto do mapa, outra está apoiada ao mapa. Na parte inferior da imagem, num fundo de listras verdes, o título “Ops! De repente, uma chefia: Experiências de uma terapeuta ocupacional na gestão no SUAS". #PraTodosVerem

          O período de atuação na gestão de um serviço do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) que pretendo compartilhar se inicia em julho de 2017, quando fui convidada para a chefia da seção do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) do município de Santos/SP e termina três anos depois, em agosto de 2020, já em tempos de pandemia. Para contar sobre esta experiência, preciso remeter brevemente aos acontecimentos que me levaram até julho de 2017 e também contextualizar os serviços da rede de atendimento à população em situação de rua da Assistência Social do município de Santos, onde se dá essa experiência. Com este breve relato espero contribuir com reflexões sobre as possibilidades da Terapia Ocupacional na chefia de um serviço da Política de Assistência Social.

         Sou terapeuta ocupacional formada pelo curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, iniciado em 1998 e concluído no final de 2001. Durante a formação tive apenas uma aproximação da prática da Terapia Ocupacional Social, nos idos anos 2000, através de um estágio de observação na Associação “Minha Rua, Minha Casa”, localizada embaixo do viaduto do Glicério, em São Paulo/SP, contando com a supervisão da Terapeuta Ocupacional Débora Galvani (hoje docente no curso de Terapia Ocupacional da Unifesp), pelo Projeto METUIA[1].

        A partir da formação, toda minha experiência profissional desenhou-se no campo da saúde mental. Em 2005 me mudei de São Paulo para a Baixada Santista. Meu início no serviço público deu-se em 2009 na Prefeitura de São Vicente. Foram quatro anos de trabalho em um CAPS II, e mais um ano em um CAPS III. Cinco anos intensos a apaixonantes de proximidade com a Saúde Mental. Na sequência outra experiência marcante na Prefeitura de São Bernardo, mesmo que por poucos meses e contratada por uma fundação, foi uma honra trabalhar com a equipe do CAPS AD III em 2014. Com o resultado do concurso da Prefeitura de Santos, a proximidade de moradia e novamente a estabilidade do serviço público foram fatores que pesaram na decisão.

          Tomei posse na Prefeitura de Santos em janeiro de 2015 e OPS! Primeira surpresa: fui lotada na Secretaria de Assistência Social (nominada desta forma àquela época, hoje, Secretaria de Desenvolvimento Social), especificamente no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). Com esta atribuição, sou a primeira terapeuta ocupacional a atuar no SUAS no município. Outra terapeuta ocupacional foi designada à época para atuar em um programa de reinserção pelo trabalho junto a pessoas em situação de rua.  

          Para contextualizar o atendimento às pessoas em situação de rua a partir da Assistência Social em Santos, cabe relatar que desde 2013 a rede para o atendimento desta população possui uma Coordenação específica na atual Secretaria. Os serviços que compõem atualmente a Coordenadoria de Atenção Especial à População em Situação de Rua, COPROS-POP, incluem serviços da Proteção Social Especial da média e da alta complexidade no âmbito do SUAS, sendo eles [2] :

- Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, que concentra duas equipes: a equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social e a equipe do Serviço Especializado para Pessoas em Situação de rua (média complexidade); 

- Serviços de acolhimento institucional na modalidade Casa de Passagem (alta complexidade), sendo eles: SEACOLHE-AIF (Seção de Acolhimento e Abrigo Provisório de Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua) de execução direta, e dois serviços conveniados: Albergue Noturno e Casa Êxodo, sendo que esse último foi aberto durante o período da pandemia, em caráter emergencial; 

- Serviços de acolhimento institucional na modalidade Abrigo Institucional (alta complexidade), sendo eles: SEABRIGO- AIF (Seção de Abrigo para Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua), de execução direta, e a Casa das Anas, instituição conveniada específica para mulheres em situação, ou iminência, de rua, com ou sem filhos. 

           Como já mencionado, o início do trabalho como terapeuta ocupacional no SUAS no município de Santos deu-se no Centro Referência Especializado para População em Situação de Rua. A construção do repertório teórico-metodológico para o trabalho foi orientada pelo referencial da Terapia Ocupacional Social, tendo sido construído a partir de leituras e no diálogo com docentes e estagiários do curso de Terapia Ocupacional na Unifesp. 

        Segundo o documento "Orientações técnicas: Centro de Referência especializado para População em situação de Rua e Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua", elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em 2011 [3], o Centro Pop é o serviço "destinado às pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Tem a finalidade de assegurar acompanhamento especializado com atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, resgate, fortalecimento ou construção de novos vínculos interpessoais e /ou familiares, tendo em vista a construção de novos projetos e trajetórias de vida, que viabilizem o processo gradativo de saída da situação de rua (p.67)." As ações desenvolvidas no Centro POP têm como principais objetivos: "possibilitar condições de acolhida na rede socioassistencial; contribuir para a construção e reconstrução de novos projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do atendimento; contribuir para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua; e promover ações para a reinserção familiar e/ou comunitária (p.76)."

        As ações desenvolvidas no Centro POP têm como principais objetivos: possibilitar condições de acolhida na rede socioassistencial; contribuir para a construção ou reconstrução de novos projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do atendimento; contribuir para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua; e promover ações para a reinserção familiar e/ou comunitária (p. 76).”

          Foram dois anos atuando como técnica do Centro Pop em Santos até que em 2017, OPS! Segunda surpresa: fui convidada pela gestão da época a ocupar o cargo de chefia do serviço. 

       No artigo de Daniel Cruz, Fernanda Souza e Maria Luiza Emmel intitulado “Formação do terapeuta ocupacional para a gestão” (2014)[4], os autores afirmam que “durante muito tempo a formação do terapeuta ocupacional esteve direcionada para a prática assistencial. Porém, as demandas institucionais e populacionais se transformam historicamente, levando os profissionais a enfrentarem situações que lhes exigem habilidades e competências antes não designadas como, por exemplo, terapeutas ocupacionais ocupando cargos de gestores” (p. 309). E esse foi meu caso: não tive uma formação específica em gestão para atuar em cargo de chefia no Centro POP. Porém compreendi que é um espaço importante para a Terapia Ocupacional ocupar, justificado, inclusive, pela previsão por normativa de que nossa profissionalidade é uma dentre aquelas possíveis para esta função no SUAS [5]. 

 Compreendi que, como terapeuta ocupacional atuando na gestão, o público implicado na minha prática profissional não seriam os usuários do serviço de maneira direta, mas principalmente meus colegas funcionários públicos; que os grupos que coordenava/ mediava tornaram-se, a partir de então, as reuniões de equipe e de rede; que as questões antes conversadas com a chefia de seção, agora seriam discutidas com a Coordenação; que meus colegas de trabalho (pares) passam a ser as chefias dos outros equipamentos, e ainda, que a elaboração de planos de atendimento individual (PIA), deu lugar ao planejamento de ações institucionais.

Para desempenhar as atribuições da gestão do Centro POP previstas[6] e demandadas no cotidiano do serviço, avalio que foi fundamental a experiência na área social, além da experiência e conhecimentos sobre população em situação de rua, conhecimento das normativas e legislações referentes à política de Assistência Social e às pessoas em situação de rua. De igual modo, foi essencial a compreensão e estreito diálogo com a rede socioassistencial do município bem como de serviços de outras secretarias e órgãos de defesa de direitos voltados às pessoas em situação de rua.

De acordo com os autores citados acima, a Terapia Ocupacional possui um “potencial para a gestão na medida em que possui habilidades que são, por formação, características essenciais para o exercício desta, tais como lidar com as atividades humanas e as relações que dela derivam; além do manejo com grupos e a valorização do trabalho em equipe” (p.315), neste sentido, também destaco como aspectos importantes que compuseram o trabalho na gestão do serviço a habilidade para comunicação, promoção de espaços de diálogo, coordenação de equipe, mediação de conflitos, sistematização de informação, planejamento, monitoramento e acompanhamento de serviços.

A partir dessas considerações sobre a gestão farei um breve relato sobre três atividades que considero relevantes desenvolvidas durante o período de chefia do Centro POP do município de Santos, sendo elas: a organização do protocolo interno do serviço; as reuniões mensais de rede com os trabalhadores dos serviços de administração direta da COPROS-POP; e a retomada das assembleias.

 

          Organização do protocolo interno do serviço

          A necessidade de organizar um protocolo interno mínimo de funcionamento do serviço foi o diagnóstico levantado pela própria equipe durante as primeiras reuniões quando assumi a chefia. Não havia nenhum tipo de documento que registrasse todas as ações realizadas no serviço. Inaugurado desde 2013, não há um Plano Político Pedagógico (PPP) no Centro POP de Santos até o momento atual. A ideia do protocolo interno teve origem a partir da necessidade da própria equipe, pois já na recepção, havia problemas de encaminhamento dos usuários para o atendimento técnico. Frequentemente ocorriam discordâncias entre os funcionários na frente dos usuários que chegavam pela primeira vez ao serviço.

          Nesse protocolo contemplavam-se todos os procedimentos realizados internamente: as formas de acesso dos usuários ao serviço, a guarda de pertences na unidade, a forma de oferta da higienização e alimentação (banho e lanche), os encaminhamentos para o acesso à documentação, a forma de funcionamento dos grupos de acolhida, de referenciamento técnico e a descrição das oficinas ofertadas. Foi quase um ano de elaboração desse protocolo.

          Nas reuniões de equipe, que ocorriam semanalmente, havia a participação de operadores sociais, técnicos, frequentemente um funcionário do administrativo e do guarda municipal lotado na Unidade. Sempre foram convidados os auxiliares de serviços gerais, porém raramente participavam. Meu entendimento de trabalho em equipe era de que todos os trabalhadores eram parte importante do serviço, de que os saberes e experiência de cada um poderia contribuir com o trabalho independente da função exercida no serviço público, e que a participação nos processos de decisão facilitaria a execução das ações, o que culminaria na melhor qualidade de atendimento aos usuários. E assim ocorreu por algum tempo. O serviço foi organizado da melhor forma possível à época, com a participação democrática de toda a equipe. Frequentemente escutava-se pelos corredores o que se tinha decidido em reunião.

          Assim como o risco que se corre com qualquer protocolo, como o passar do tempo, as ações se engessaram. Muitas vezes alguns membros da equipe não conseguiam compreender situações de exceção, e justificavam suas ações sempre se referindo ao protocolo. Foi então que retomamos o protocolo com a tentativa de avaliá-lo e rediscuti-lo. Mas aí OPS! Veio o início da pandemia e essa tarefa foi interrompida. Aliás, tivemos que reorganizar as entradas e os atendimentos do dia para a noite em decorrência da pandemia… mas essa é uma outra história que fica para uma próxima vez…

 

          Reuniões mensais de rede com os trabalhadores dos serviços de administração direta da COPROS-POP

          No mesmo sentido da democratização das decisões pelos trabalhadores sobre o próprio processo de trabalho da equipe, iniciei a articulação de reuniões com os serviços da administração direta da COPROS-POP, sendo uma das atribuições da chefia coordenar a relação entre o Centro POP e as demais unidades e serviços socioassistenciais, especialmente com os serviços de acolhimento para população em situação de rua.

          Comecei a articular reuniões mensais com a equipe de Abordagem Social, SEACOLHE-AIF e SEABRIGO-AIF, que incluíam a presença de todos os trabalhadores dos respectivos serviços. A proposta era o estabelecimento de fluxos de encaminhamento entre os serviços, que fossem decididos entre os técnicos com o apoio dos operadores sociais, os atores de ponta destas ações. A intenção era de que quando as relações estivessem mais amadurecidas entre estas equipes, iniciasse a participação dos serviços conveniados. Lembrando agora, foi bonito ver funcionários que só se falavam por telefone ou que nem sabiam da existência uns dos outros, se conhecendo pessoalmente, tomando café e comendo um pedaço de bolo, que sempre eram proporcionados para as equipes. Momentos estes que fortaleciam as relações de trabalho.

          Os fluxos definidos nessa época foram os últimos estabelecidos de forma mais organizada e com a participação dos trabalhadores. Nesse período a Coordenação participava esporadicamente das nossas reuniões, mas não havia oposição à realização dos encontros. Atualmente a situação é totalmente diferente. Com o início da pandemia, as reuniões foram interrompidas e retomaram-se o estabelecimento dos fluxos pela gestão interna da Secretaria.

         

          Retomada das assembleias no Centro POP

          Até o início de 2015 ocorriam as assembleias no Centro POP. Cheguei a participar de algumas enquanto técnica. A partir do segundo semestre de 2015 as assembleias foram interrompidas pela própria chefia do período. Por muito tempo houve tentativas de retomada, mas a possibilidade de promover espaços para expressão dos usuários sobre as questões do serviço e o manejo da assembleia em si pareciam produzir na equipe uma reação de boicote a essa atividade imprescindível para o serviço. Em 2019, as assembleias foram retomadas e isso só foi possível devido às ações das estagiárias de terapia ocupacional que estavam sob minha supervisão. Participavam das assembleias trabalhadores e usuários do Centro POP e, para ilustrar algumas das demandas trazidas em assembleia: foram propostas pequenas modificações internas do serviço de acordo com as demandas trazidas pelos usuários, foi implementada a caixa de sugestões, a disponibilização de garrafa térmica de café puro para consumo dos usuários diariamente, o aumento de dois lanches no período da manhã e aspectos relacionados aos cuidados com o uso do espaço. Com a pandemia, as assembleias foram interrompidas novamente.

 

A escolha por elencar estas três atividades para compartilhar neste relato se deve à importância que tiveram para uma melhor execução do atendimento às pessoas em situação de rua e do processo de trabalho entre as equipes, contribuindo deste modo, para efetivar a política pública.

          Outras experiências também marcaram a atuação na gestão de um Centro POP, como a mudança do serviço para outro endereço e a reorganização das atividades em decorrência da pandemia. Cabe menção, ainda, a importância da parceria com a Universidade, em especial, docentes e estudantes da área de Terapia Ocupacional Social do curso de Terapia Ocupacional da Unifesp Campus Baixada Santista. Neste período de gestão, foi possível o estreitamento da relação e construção de espaços de supervisão, discussão de textos, reflexões coletivas, mobilização da equipe e usuários para a construção e realização do censo da população em situação de rua no município[7]. Mas essas são experiências para uma próxima vez...

Muitos desafios estiveram presentes neste período como gestora, mas destaco em especial as dimensões técnica, ética e também política do papel articulador, mediador e conciliador da gestão, seja entre a equipe, usuários, rede de serviços ou as gestões superiores. Dentre os grandes aprendizados a partir da gestão, ressalto ainda a importância de fomentar espaços coletivos de diálogo, de construção de fluxos, de avaliação de processos e de formação conjunta.

Encerro este breve compartilhar na intenção de que estas experiências, ainda que em reflexões iniciais, contribuam para fortalecer a atuação da Terapia Ocupacional na gestão, especificamente, no SUAS.

 

Texto escrito por: Fernanda Bernardini de Araujo, terapeuta ocupacional da Prefeitura de Santos, lotada na Secretaria de Desenvolvimento Social com colaboração de Gabriela Pereira Vasters, docente da Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista.

 



[1]Projeto Metuia refere-se ao grupo de ensino, pesquisa e extensão em terapia ocupacional social formado por diferentes universidades e criado, em 1998, por docentes da UFSCar, Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente, estão em atividade os núcleos da UFSCar, da USP – São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade de Brasília (UnB) e o que agrega a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)” (p.211). Fonte: Pan, L. C., & Lopes, R. E. (2020). Terapia ocupacional social na escola pública: uma análise da produção bibliográfica do METUIA/UFSCar. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. 28(1), 207-226. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1760.

[2] Informações disponíveis no site da prefeitura de Santos: https://www.santos.sp.gov.br/?q=hotsite/programa-novo-olhar

[3] BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop. Brasília: Gráfica e Editora Brasil LTDA. 2011. Disponível em https://bibliotecadigital.seplan.planejamento.gov.br/handle/iditem/573

[4] CRUZ, D. M. C., SOUZA, F., EMMEL, M. L. G. Formação do terapeuta ocupacional para a gestão. Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 25(3), 309-316. 2014. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i3p309-316

[5] FERREIRA, S.S. NOB-RH Anotada e Comentada – Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Assistência Social, 2011. Disponível em http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/LIVRO%20NOB-RH%20SUAS%20Anotada%20e%20Comentada.pdf

[6]BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop. Brasília: Gráfica e Editora Brasil LTDA. 2011. Disponível em https://bibliotecadigital.seplan.planejamento.gov.br/handle/iditem/573

[7] https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2301-relatorio-parcial-censo-populacao-rua-cidade-santos


Comentários