Como é ser um menino negro cumprindo medidas socioeducativas?
Imagem Elaborada pela autora do TCC parte integrante de sua pesquisa.
Esta postagem tem como objetivo
divulgar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “IN MEMORIAM DA
LIBERDADE: História comum de jovens negros em cumprimento de medidas
socioeducativas” realizado pela estudante de terapia ocupacional
Alice Bispo Fernandes de Andrade, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
A pesquisa foi concluída no ano de 2021 e teve a orientação da Profa. Dra. Maria
Fernanda Barboza Cid e Co- orientação da Profa. Dra. Leticia Ambrosio.
Neste estudo, o racismo é
compreendido como importante elemento de discriminação e racialização dos
corpos jovens e masculinos, tornando assim, a experiência de vida direcionada à
marginalização e estigmatização criminal. Neste trabalho, buscou-se compreender
e analisar como as questões em torno da raça e da masculinidade atravessam a
história de jovens em cumprimento e egressos de medidas socioeducativas.
A metodologia utilizada foi a
história oral e contou com a participação e coprodução de quatro jovens. Após o
aprofundamento das entrevistas, chegou-se a três temáticas que foram descritas
e analisadas:
I. Pega a visão que o menor vai fala:
Como é ser um menino negro?
II. Toda positividade remando contra
a maré: Programa de Medidas Socioeducativas em meio aberto (PMSE) e família
como rede de suporte e apoio;
III. Sempre com os pés no chão,
progresso vai chegar: sonhos e o lugar de si.
A partir dos resultados é possível
compreender a raça e a masculinidade negra como marcadores nas experiências de
mundo dos meninos bem como no julgamento das medidas socioeducativas. E diante de
tantas violações do corpo jovem negro no mundo, o Programa de Medidas
Socioecucativas (PMSE) e a família surgem nas narrativas como pontos de
suporte, apoio e participação social. A pesquisa também aponta para a
importância da viabilização de espaços e mecanismos para que os jovens negros
possam contar suas próprias histórias.
O trabalho pode ser lido na integra
através do link:
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/15245
Texto escrito por: Alice Bispo
Fernandes de Andrade e Larissa Mazzotti Santamaria
Referência:
AMBROSIO, L.
Raça, gênero e sexualidade: uma perspectiva da terapia ocupacional para as
corporeidades dos jovens periféricos. 2020. 165 f. Dissertação (Mestrado) -
Curso de Terapia Ocupacional, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos,
2020.
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