Território e terapia ocupacional social: subsídios para a prática na assistência social.

 


Descrição de imagem: Fundo da imagem é uma folha de papel quadriculado. Acima, na lateral esquerda, imagem com três livros nas cores amarelo, verde e laranja seguido por uma luminária na cor preta. Na parte superior centralizada, a frase nas cores verde, laranja e branco: "Resumo dos trabalhos apresentados no evento TO.no SUAS Diálogos Contemporâneos". Na parte inferior centralizado o título: Território e terapia ocupacional social: subsídios para a prática na assistência social.#Pratodosverem


Território é um conceito amplamente utilizado por diversas áreas de saberes e práticas, passando por dimensões físicas-espaciais, culturais, socioeconômicas e políticas. No Brasil, o termo ganhou relevância nos anos 1990 ao ser incorporado como eixo organizador na implementação de grandes políticas públicas, como os Sistemas Únicos de Saúde e de Assistência Social. Assim, pesquisadoras da Rede Metuia - Terapia Ocupacional Social e/ou do grupo de pesquisa “Nas Ruas: Cidades, Espaços públicos, Território e Terapia Ocupacional” têm se debruçado a estudar conceitos como território, comunidade, cidade, espaço público, mobilidade urbana, direito à cidade, trânsitos e fluxos, pensando em seu potencial para informar as práticas da Terapia Ocupacional; além disso, acredita-se que esses conceitos podem servir ao/para enfrentamento de rupturas de vínculos e acesso aos direitos nos espaços concretos de vida onde sujeitos - individuais e coletivos - vivem seus cotidianos, enfrentando, assim, uma cultura de institucionalização como caminho para resolução dos problemas sociais, estimulando a produção de estratégias de enfrentamento à cultura de institucionalização que pode capturar a prática de distintos profissionais atuantes na assistência social. Objetiva-se que as(os) profissionais que atuam na assistência social possam se sentir estimuladas(os) ao desenvolvimento de práticas mais contextualizadas e comprometidas com a dimensão territorial nos diferentes níveis de atenção. Para isso, elencamos como possibilidades: 1) Na proteção social básica: considerar o território como espaço de possibilidades de expressões concretas de vida, reunindo elementos e processos centrais para compreensão e apreensão dos distintos modos de vida. Desta forma, vislumbra-se a possibilidade de (re)conhecimento das vulnerabilidades sociais que incidem e se articulam com/no território e seus sujeitos, possibilitando intervenções mais próximas ao seu público-alvo, geográfica ou contextualmente – ao considerar aspectos sociais, históricos, econômicos, políticos e culturais existentes, além do (re)conhecimento dos recursos que se dispõem para seu enfrentamento, incluindo as redes de suporte pessoal dos sujeitos. 2) Na proteção especial de média complexidade, aposta-se no território como potencial espaço de articulação e dinamização da rede de atenção. 3) Na proteção social especial da alta complexidade, toma-se o território como terreno das políticas públicas, onde se concretizam manifestações da questão social e se criam tensionamentos e possibilidades para seu enfrentamento, integrando e articulando ações de abrangência macro e microssocial. Destaca-se que, para além de denotar problemas, o território aparece como provedor de recursos para identificação e resistência às desigualdades sociais, apresentando potencial de auxílio na construção de percursos para superação das desvantagens/iniquidades sociais.

Autores:

Marina Jorge da Silva - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

E-mail: marinajorge@ufscar.br

Beatriz Prado Pereira - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

E-mail: beatriz.prado@academico.ufpb.br

Gabriela Pereira Vasters - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Email:gvasters@unifesp.br

Monica Villaça Gonçalves - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

E-mail: movillaca@gmail.com

Pamela Cristina Bianchi - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

E-mail: pamelacbianchi@gmail.com


Para leitura ampliada desse resumo, acesse:

https://to-nosuas.blogspot.com/2022/05/territorio-e-terapia-ocupacional-social.html

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