Reflexões sobre a experiência de estágio de Terapia Ocupacional em um Centro Dia para Idosos
Descrição de imagem: Fundo da imagem é uma folha de papel quadriculado. Acima, na lateral esquerda, imagem com três livros nas cores amarelo, verde e laranja seguido por uma luminária na cor preta. Na parte superior centralizada, a frase nas cores verde, laranja e branco: "Resumo dos trabalhos apresentados no evento TO.no SUAS Diálogos Contemporâneos". Na parte inferior centralizado o título:" Reflexões sobre a experiência de estágio de Terapia Ocupacional em um Centro Dia para Idosos". #Pratodosverem
Olá pessoal!
A partir de hoje, irão compor as postagens do Blog, os trabalhos apresentados no evento "TO.noSUAS: Diálogos Contemporâneos". Não deixe de acompanhar os textos sobre as experiências e pesquisas desenvolvidas na assistência social! Iniciaremos com relatos de estágio de terapia ocupacional em um Centro Dia para Idosos.
Reflexões sobre a experiência de estágio de Terapia Ocupacional em um Centro Dia para Idosos
Propõe-se relatar a experiência prática articulada à disciplina Estágio Supervisionado em Terapia Ocupacional I, vivenciada por duas estudantes do Curso de graduação em Terapia ocupacional, entre agosto e dezembro de 2021, no Centro Dia para Idosos Dr. Ricardo – Butantã (CDI), sendo a primeira experiência de estágio da TO-USP neste serviço. O CDI Butantã está inserido no âmbito da Proteção Especial de Média Complexidade. Os idosos são encaminhados pelo CRAS/CREAS, rede de serviços socioassistenciais, demais políticas públicas de assistência e de saúde ou por indicação do Ministério Público. Uma vez encaminhado, o CDI entra em contato com o idoso ou responsável, para apresentação do serviço, agendamento da visita domiciliar e avaliação dos critérios de elegibilidade (socioeconômico, clínico, socialização, desempenho nas atividades da vida diária, vulnerabilidade ou violações de direito). Confirmada a demanda, é realizado: o acolhimento para apresentação do espaço físico e rotina do serviço; a inserção do idoso nas atividades, com frequência gradativa para favorecer adaptação; a construção do Plano Individual de Atendimento. O CDI oferta acolhimento diurno, proteção e convivência aos idosos, além de atendimentos (aos idosos - individual e grupais – e a familiares), proporcionando atividades de lazer, esporte e cultura e visita domiciliar. Na experiência de estágio identificou-se desafios correspondentes ao papel da TO no serviço, pois sendo uma profissão tradicionalmente da saúde, a ela inicialmente parecia estar reservada exclusivamente a atenção às demandas clínicas, que são crescentes durante o processo de envelhecimento. Porém, a partir de leitura complexificada da demanda, do espaço aberto de diálogo para construção compartilhada com a equipe e da proposição de atividades, foi possível ampliar a compreensão do papel da TO no serviço e no SUAS. As estagiárias protagonizaram e/ou participaram ativamente de diversas atividades, sempre em conjunto com a equipe, em uma atuação interdisciplinar- a qual é prática intrínseca no trabalho do CDI Butantã. Dentre estas atividades: realizaram avaliação coletiva dos casos, sobretudo nos aspectos de autonomia e independência; prestaram orientação aos idosos, cuidadores e familiares com vistas à diminuição da vulnerabilidade, aumento da participação social e familiar, garantia de direitos e maior vinculação com as atividades propostas no serviço; realizaram adaptações nas atividades e no ambiente institucional e domiciliar visando maior participação dos idosos; realizaram visita domiciliar para entrevista de inserção e para acompanhamento dos idosos no CDI; desenvolveram grupos de sensibilização para cuidadores formais da instituição visando ampliação do trabalho colaborativo entre eles e com a equipe; realizaram reuniões periódicas com cuidadores formais para planejamento de atividades e rodas de conversas temáticas, participaram de reuniões com familiares e com a Rede de Assistência Social do território. Ao longo dos meses foi possível criar experimentações em Terapia Ocupacional na interface assistência social e gerontologia, sendo possível identificar que estas demandam inventabilidade e constante construção da atuação interprofissional, mas também evidenciam a necessidade de mais diálogos e construções coletivas sobre a atuação da Terapia Ocupacional no CDI, importante serviço na rede do SUAS.
Resumo de trabalho escrito e apresentado no evento "TO.noSUAS: Diálogos Contemporâneos" por:
Susannah Calochorios Litvac e Lais Gonçalves Elle - Estudantes do Curso de graduação em Terapia ocupacional do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (FOFITO) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Marina Picazzio Perez Batista - Terapeuta ocupacional do Curso de Terapia Ocupacional da FOFITO- FMUSP
Maria Helena Morgani de Almeida - Profa Dra do Curso de Terapia Ocupacional da FOFITO- FMUSP
Claudinei Alves de Souza - Psicólogo do Centro Dia para Idosos Dr. Ricardo – Butantã (CDI)
Francielle Gonçalves Manfredi - Terapeuta Ocupacional do Centro Dia para Idosos Dr. Ricardo – Butantã (CDI)
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