Relato de uma campanha no CRAS

 


Descrição da imagem: Fundo de cor laranja. Ao centro uma figura oval na cor verde escuro. Dentro da figura há uma fotografia aparecendo as mãos de uma pessoa negra segurando vários folhetos da campanha 18 de maio. Estes estão em destaque com uma figura de uma flor amarela e o telefone do Disque 100. Esta pessoa está em uma rua onde aparece a faixa de pedestre ao fundo. Ainda na fotografia no canto inferior esquerdo há o brasão e o nome do município de Patrocínio Paulista. A imagem ainda contém uma figura oval menor, na cor branca no canto direito onde está escrito em verde escuro: "Relato de uma campanha no CRAS".  Na borda inferior está escrito o endereço da fonte da imagem. #Pratodosverem

Relato de uma campanha no CRAS

O presente relato trata da organização e realização de uma campanha executada pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município de Patrocínio Paulista, no estado de São Paulo, organizada por mim, terapeuta ocupacional.

        As campanhas são um conjunto de procedimentos dirigidos para sensibilizar e informar sobre temáticas relacionadas aos direitos socioassistenciais, com o objetivo de favorecer uma reflexão crítica, identificar e fortalecer os recursos de uma coletividade e prevenir a ocorrência de vulnerabilidades e/ou riscos sociais. Elas compõem as ações comunitárias junto às palestras e eventos comunitários. As ações comunitárias, por sua vez, integram o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família  (PAIF), principal serviço executado pelos CRAS.

Além disso, as campanhas se caracterizam como um conjunto de ações que visam sensibilizar e informar a respeito de temáticas ligadas aos direitos socioassistenciais, com intuito de refletir e impactar a população sobre um tema (BRASIL, 2012). Para tanto, as orientações técnicas do PAIF 2 sugerem que:

uma campanha possui alguns componentes preponderantes para sua execução: ser previamente planejada com a participação das famílias do território; possuir tempo determinado de duração – conforme objetivo estabelecido; articular os diversos atores sociais (outros serviços setoriais, lideranças locais, ONGs, entre outros); e definir os modos de mobilização das famílias no território – conforme os objetivos da campanha e características do território (BRASIL, 2012, p.40).

 

                Decidimos realizar a campanha de 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, devido à sua relevância e identificação do aumento de situações desta natureza após a pandemia do novo coronavírus.

                Inicialmente, convocamos a rede intersetorial e socioassistencial para uma reunião com pauta planejada previamente, com representantes dos setores da Educação, Saúde, Assistência Social (Serviço de Convivência, Abrigo para crianças e adolescentes, Proteção Social Especial), Organizações não Governamentais, Conselho Tutelar e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. O encontro teve o intuito de apresentar as ações que a equipe do CRAS executaria, bem como sensibilizar os profissionais e provocá-los para realizar a campanha em seus setores, bem como planejar ações conjuntas.

                A equipe do CRAS apresentou que faria uma contação de histórias, voltadas à crianças e adolescentes, abordando o tema de forma teatral e interativa. Foi solicitado que os serviços levassem as crianças para assistirem. Também convocamos os presentes para participar de uma panfletagem e abordagem da comunidade em geral, nas ruas.

                Além destas ações propostas pelo CRAS, ficou acordado que os serviços de saúde fizessem uma sensibilização em suas salas de espera, bem como conversassem com seus usuários a respeito do tema da campanha. Alguns participantes propuseram imprimir folders e cartazes.

A equipe do CRAS também divulgou a campanha através de “carro de som”, o que tem um grande alcance em cidades de pequeno porte.

No dia 18 de maio, então, foi feita a contação de histórias, em parceria com uma profissional específica com formação nessa área e participação de estudantes das escolas, do Serviço de Convivência e a APAE do município. Simultaneamente, outra parte da equipe, fez a panfletagem nas ruas, em local com grande circulação de pessoas.

Avaliamos que a contação de história, utilizando recursos do teatro e das brincadeiras foi essencial para a compreensão do respeito, autonomia do corpo e confiança. A panfletagem contribuiu para escancarar o tema junto à população, buscando romper tabus e divulgando informações.

Para visualizar as fotos da campanha, basta acessar https://www.facebook.com/media/set/?vanity=PrefeituraPatrocinioPaulista&set=a.1617347868640255.

Para mais informações sobre a campanha acesse: www.facabonito.org

 

Referências

BRASIL. Orientações técnicas sobre o PAIF – Volume 2. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. – 1. ed. – Brasília, 2012. 

 

       Texto escrito por: Aline Cristina de Morais

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